dança Nova Lisboa, 2012, Lisboa. foto de Júlia de Carvalho Hansen.
© Bernardo RB - - - bernardorb@gmail.com
Nasci em Belo Horizonte, 1984. Gosto de falar escrevendo e de passear pelo corpo como linguagem sempre no começo.
Atualmente, faço um percurso de criação em dança e escrita, no entre-cidades Belo Horizonte/Lisboa, ao lado de Sofia Neuparth e de Margarida Agostinho, no centro em movimento (c.e.m), Portugal. Busco uma escrita do movimento e também danças da escrita, o que deu em textos para diversas publicações. As performances Cuecas Otávio (2019-20), Encontro com olho-boca (2018) e Tentação (2016) também fazem parte dessa busca, com documentação publicada no livro Cuecas Otávio (2020, edição do autor), e nos livros do festival Pedras19-manual de estar, Pedras18-em que mundo queremos viver? e Pedras16-casa connosco.
Alimento o blog Centro de Documentação em Movimento, um projeto de acompanhamento do trabalho do c.e.m. Ali também tenho feito o ciclo de leituras-acontecimentos Ler Maria Gabriela Llansol e outras manualidades. Faço parte da companhia sem autor Pátio: como viver juntos mais que um?
Fiz Formação Intensiva Acompanhada (FIA) em 2011/2012, no c.e.m, onde dancei com as vísceras e fui também organizar a biblioteca, convocar debates e pensar sobre arquivos contemporâneos.
Formei-me em Letras na UFMG (2009). Integro a editora Chão da Feira como tradutor do italiano e como revisor de lingua portuguesa, em textos literários e filosóficos. Colaborei como organizador de correspondências no Espaço Llansol, arquivo literário sediado em Sintra, Portugal. Escrevi uma dissertação de mestrado sobre a relação entre performance e escrita na obra de Maria Gabriela Llansol (1931-2008), na Universidade Nova de Lisboa. A pesquisa acabou dando em duas performances, uma feita a partir das cartas recebidas pela autora (A forma de mão, 2011); a outra a partir da leitura do livro Lisboaleipzig II, em colaboração com o c.e.m (Ninguém te dá quem és, 2012).
Pergunto-me sobre um corpo que possa acontecer em qualquer lugar, mesmo nas estruturas cadeira-mesa-computador, o que busquei na ação Fibromialgia (2011), no festival Line-up de Coimbra, e busco em minha pulsação diária. Nos anos de 2018, 2016, 2012, algumas intervenções urbanas dançadas fizeram-me criar gosto por me mover entre o asfalto, a calçada e as pessoas.
Meu corpo tem frequentado as ideias de escrita com ____, de rua, de arquivos, de corpo hoje e também de chão. Cada trabalho pode ocupar mais de uma dessas categorias, palavras que acontecem todas ao mesmo tempo e permeiam um fazer constante.